domingo, 4 de novembro de 2007

Terapia Pelo Dia 1 - a Tempestade


Quinta-Feira, 01/11/2007

Recomecei a fisioterapia hoje. Já cheguei atrasada no primeiro dia (meus pais é que arrumavam rumar o João pra escolinha... eu não tinha muita noção do tempo e acabei me atrasando um pouco).
Na fisioterapia foi tudo bem até a hora que ouvi as orientações que devia seguir dali pra frente:
  • evitar dirigir - se possível;
  • evitar ficar sentada por muito tempo - se possível;
  • evitar fazer movimentos de abaixar - se possível;
  • evitar ficar muito tempo de pé - se possível;
  • evitar usar salto alto - se possível.
Enfim... perceber que no meu caso, era o "se possível" que importava mesmo, e que ainda assim era impossível evitar de fazer essas coisas, principalmente pelo trabalho, me deprimiu. Aí juntou tudo: T.P.M., com saudades dos meus pais, com medo, com dor e com saudades de quem eu tinha visto no dia anterior... Combinação bombástica né... a tempestade começou cedo... em mim... com "céu" nublado e melancólico e pancadas fortes de choro... ops... de chuva.
Enquanto esperava meu rosto desinchar, a bolsa embaixo de meus olhos diminuir e a vermelhidão generalizada de muito chorar amenizar, mandei uma mensagem pra Camila, que prontamente decidiu vir em socorro. Passei o dia mais alegrinha... Até que o dia foi chegando no fim, e uma tempestade horrível trouxe chuva forte, vendaval e raios e trovões... derrubou várias árvores no bairro onde trabalho... estava preocupada se o João estaria sentindo medo daquele barulho todo, se eu conseguiria dirigir os 30 km dali até a escolinha debaixo daquele temporal, se eu conseguiria sair a tempo de buscá-lo na escolinha.
Não consegui... embora a chuva tenha passado não consegui pegá-lo a tempo: primeiro saí super irritada e nervosa do trabalho e ainda por cima saí bem tarde: 18:50; depois tive que fazer vários desvios pra pegar a estrada e o trânsito estava uma loucura. A escola fecha às 19 e eu chguei lá 19:30. E aí tive que enfrentar aquela dor de ver que, numa véspera de feriado, com um tempo feio daqueles, seu filho é a última criança esperarando a mãe chegar... Quase todos os funcionários já tinham ido, ficaram com ele apenas a secretária da diretora e um pedreiro que está fazendo reforma na esola.
De lá fui direto pra rodoviária buscar a Camila. O trânsito perto da rodô também estava caótico, mas conseguimos chegar. De lá fomos no "Papai Salim" comprar lanche e de lá, fomos pra casa. Descobri um vazamento em casa. Mramos aqui há quase cinco meses e nunca, nem um vazamento deu sinal de vida... bastou ser o primeiro dia sozinha que isso aconteceu. Jantamos, fui dar banho no João e tomar banho e capotei... Nem deu tempo de conversar com a Camila.

PONTOS BAIXOS DO DIA
      • chorar muito mesmo por vários motivos ao mesmo tempo;
      • ver o João ser a última criança que foi embora da escolinha num dia tempestuoso e triste;
      • descobrir um vazamento.
PONTOS ALTOS DO DIA
      • teve??? (brincadeirinha);
      • teve sim: a vinda da Camila;
      • o abuso gastronômico de coisas árabes.

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