domingo, 2 de setembro de 2007

Terapia Por Separações

picture: The Death of Love, by Dorothy Tennant (Lady Stanley) 1855-1926 (1888)

Ia colocar uma imagem bem bonitinha nesta postagem, mas depois pensei que tal assunto - SEPARAÇÃO- nem merece uma imagem (mas dependendo do rumo que irão tomar meus pensamentos... talvez haja alguma afinal).
A 'separação' de que quero falar é aquela pela qual quase 100% das pessoas já passaram... acho que agora já da pra saber do que estou falando né?
Quem nunca teve uma separação de um amor, certamente nem deve estar na internet a essa hora lendo bloggs inúteis e, por isso, não vou me preocupar com nada do que eu escrever com medo de que possa afetar ou preocupar os poucos felizardos que nunca sofreram desse mal.
É que, na minha humilde opinião, ela, A SEPARAÇÃO de alguém vivo e que ainda é querido, é uma coisa horrorosa... Minha impressão sobre esse assunto é tão intensa que quando alguém me diz que "ninguém morre de amor" eu prontamente respondo: MAS DEVIA MORRER... essa é a tal da dor que devia matar fulminantemente.... Muitos podem pensar, em contrapartida (e pensam mesmo, pq já até ouvi isso) "mas se matasse, você perderia coisas boas que o futuro pode trazer". E como eu percebo que quem quer entrar nessa discussão comigo estará, possivelmente, muito disposto a me convencer acabo me calando... mas nos meus pensamentos a única coisa que me ocorre é uma lista de vantagens de morrer de amor
  1. ter a garantia de que não passaria anos sem esquecer o tal amor
  2. ter a garantia de que o medo gerado da separação não iria afetar futuros relacionamentos
  3. ter a garantia de que não haveria reencontros, nem, portanto, recaídas, nem portanto MAIS UMA SEPARAÇÃO da mesmíssima pessoa
  4. ter o benefício da dúvida (você poderia pensar até o estágio terminal da doença que um dia ele poderia voltar)
Bom, mas pra que discutir coisas que não acontecem (afinal mal de amor não mata e pronto) se posso falar sobre o que acontece?

Já paquerei, já gostei, já me apaixonei e até já amei... e hoje, mais uma vez sozinha posso assegurar que em quase todos os fins quis morrer de amor... e ainda bem que não morri. Na minha jornada afetiva, paquerei dos sete aos doze anos, gostei dos doze aos catorze, apaixonei-me dos catorze aos dezenove, e amei, só uma vez aos vinte, vinte e um, vinte e dois... (nesse meio tempo me apaixonei - ou me abestalhei e conheci alguém que foi importante, mas, como os outros, acabou) ...vinte e sete, vinte e oito e (chegamos onde estou) vinte e nove... Nove anos de um 'não consigo esquecer você', de um 'continuar pensando', de um 'eu amo você' (sufocado entre os muitos já ditos), de um 'eu espero que um dia você mude de idéia', de uma pasta no e-mail chamada 'não enviadas para você'.... Será que é justo? Mas nem houve uma separação, porque nesse caso, separação não cabia... Hoje coube... hoje cabe... mas ocupa um espaço tão grande, tão grande, que às vezes, parece que não consigo respirar.
O "fim" dói muito... talvez seja porque, geralmente, um dos dois ainda pensa, ainda lembra, ainda quer, ainda sonha... e este é o que sofre enquanto o outro é o que sente (ou não) o vazio e a culpa. Mas pode ser também doído quando os dois se amam, mas um não tem forças, ou coragem para mudar velhos hábitos... nesse caso os dois sofrem... e que triste é isso... Fica um adeus meio pela metade, uma palavra parada entre os lábios, um abraço apertado e familiar preso na lembrança

O que me inspirou a navegar nesses mares foi o filme que acabei de ver "Separados Pelo Casamento"... é uma comédia, mas uma comédia das muito tristes... Quem já passou por isso saberá do que estou falando.

Um comentário:

Anônimo disse...

Bia...

Eu estou passando pela mesma dor que você !! Não consigo respirar, sinto uma dor aguda no peito e uma angústia que ... preferia morrer !!O homem da minha vida, a pessoa que mais amo no mundo acabou com todas as esperanças que tinha ontem. Namoramos por 2 anos e eu estraguei tudo com minhas más ações, vícios e mau gênio. Ele me amava tanto, tanto e agora...não sobrou nada, por minha culpa, minha culpa...não sei como vou conseguir superar isto. Não sei.

como você está ?