quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Pela Difícil Tarefa

Medo

Fico tempos sem saber de você, sem você saber de mim... e morro de saudades

e o tempo apaga em mim a ânsia de lhe esperar... esqueço tudo e morro de saudades
fico sentindo muito medo... e morrendo de saudades
Mas meu medo não me paralisa...
e é tão desesperador que atiro-me novamente...
E vejo-me caindo do alto de um prédio, só pra verificar o fundamento do meu medo
Quando caio, vejo que atirei-me muitas vezes...
machuquei-me muitas vezes... (cinco, ou seis, ou sete vezes)
me retirei e senti saudades...
Tal saudade faz com que eu fique levantando e caindo muitas vezes...
Muitas vezes machucando-me muito
Mas cada vez que eu caio lembro-me da dor que já senti (muitas vezes)
e aí decido, cada vez mais rápido, que não devo subir novamente
decido que não devo atirar-me novamente
e assim vai ficando mais fácil perder o medo de lhe esquecer
e assim vai ficando menos difícil minha tarefa de esquecer-lhe...

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